Edleuza
Esta foi minha primeira postagem no blog,
em 15/03/2009.
Produzi esse texto numa prova de vestibular que prestei, no início deste ano. Estou publicando-o novamente (com algumas modificações) apenas para facilitar a localização.


Convivemos, atualmente, com uma geração frenética, cada vez mais conectada ao mundo televisivo e digital. São adolescentes e jovens experts em telas, clicks e códigos, numa velocidade que, na maioria das vezes, não requer reflexão além do superficial.

Esse mundo de sons, cores e
flashes, no entanto, com suas soluções rápidas e prontas, desperta-nos, no mínimo, preocupação.

Por conta da facilidade com que tudo lhes é oferecido, muitos não desenvolvem o senso crítico, não se posicionam como sujeitos de sua própria história no mundo em que estão inseridos, não leem com autonomia seu tempo, não produzem suas próprias concepções e declaram-se, ainda que inconscientemente, peças, a serem manipuladas por uma minoria.

E tudo isso porque, ao contrário das máquinas, não é possível "instalar" nessa geração um "programa virtual" que lhe possibilite fazer conexões coerentes entre palavras, idéias e contexto - tais habilidades e competências não se conseguem num clique, são adquiridas, gradativamente, por meio de um processo educacional sistemático e eficiente.

Solução? Um caminho possível (e urgente!) seria o investimento maciço em educação de qualidade, especialmente no nível básico/fundamental. Aí, sim, a tecnologia viria como uma aliada à formação do SER, e não como um fim em si mesma, atalho rápido ao TER. Contribuiria para a formação do ser realmente pensante - característica tão necessária nos dias de hoje, das telas cada vez mais planas e das leituras nada, nada plenas...


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