Levo ou deixo?
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.
Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- Dotô, eu levo ou deixo os pato?
Rui Barbosa foi candidato a presidente, se tivesse o azar de ser eleito o seu português seria comparado ao diametralmente oposto, Presidente Lula" O apedeuta".
Edleuza, faz tempo que não te "vejo".
Abraços
Oi, Altamirando,
obrigada, eu também estava sentindo sua falta.
Você tem razão, são símbolos de dois extremos... E como a minha mãe fala, "tudo demais é sobra", tanto um quanto o outro acabam dificultando a comunicação.
Um abraço!